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Além de bebidas com mentanol, crime organizado expande negócios com ‘vapes’

Com remessas enviadas para o Brasil inteiro por meio de aplicativos de delivery e até pelos Correios, contrabandistas ligados as facções aumentam vendas de cigarros eletrônicos

Além de bebidas com mentanol, crime organizado expande negócios com ‘vapes’
Além de bebidas com mentanol, crime organizado expande negócios com ‘vapes’ (Foto: Reprodução)

Após a morte de duas pessoas por causa de adulteração de bebidas alcoólicas em São Paulo e São Bernardo do Campo no território paulista, além de episódios de cegueira e efeitos adversos à saúde nas pessoas, o novo alerta vai para a comercialização de cigarros eletrônicos com substâncias sem qualquer regulamentação por parte das autoridades fiscalizadoras. No Brasil, é proibido vender, fornecer ou divulgar os chamados vapes, conforme resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2009.


Mesmo assim, eles são facilmente encontrados em portas de bares e baladas nos mais diferentes cantos do país. Dados exclusivos obtidos por esta coluna, com base nas informações divulgadas pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), revelam que, entre janeiro e agosto deste ano, foram confiscados no Brasil o equivalente a R$ 136 milhões em cigarros eletrônicos — mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2024 (R$ 67 milhões).


Somente em agosto, foram apreendidas 236.123 unidades, contra 231.218 em julho, representando um aumento de 2,1% somente em um mês. Apesar do avanço das forças de fiscalização, uma rápida busca na internet mostra que o esforço não tem sido suficiente para conter o mercado ilegal de vapes. No ranking de apreensões da Receita Federal, esses dispositivos já superam produtos como bebidas, equipamentos de informática, além do cigarro tradicional.


O FNCP detectou links ativos de venda em plataformas de entregas de delivery como a Rappi, por exemplo, além de anúncios em redes sociais com diferentes grupos ativos. Sites e vendedores afirmam abertamente que realizam entregas via Correios. Em agosto, depois de denúncia do FNCP, a Senacon e o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e aos Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP) deram 48 horas para que Mercado Livre, YouTube, Instagram e Facebook retirassem do ar 16.725 links com conteúdo ilegal relacionados aos vapes.



“As notificações feitas às plataformas digitais combatendo a oferta de cigarros eletrônicos confirmam a necessidade de enfrentar o problema de forma estrutural, com a criação de políticas públicas para além da simples proibição”, aponta Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional.


Ainda segundo ele, a facilidade para comprar esses cigarros eletrônicos expõe o risco que principalmente os jovens estão submetidos. “Além dos males já conhecidos para a saúde incluindo doenças pulmonares como a Evali (lesão pulmonar), problemas cardiovasculares, dependência de nicotina, aumento do risco de câncer e até explosões do dispositivo, esse mercado ilegal pode gerar a morte de mais pessoas, visto que as substâncias são metais pesados sem origem conhecida”.

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